quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Os líderes religiosos devem ter profissão?

Os líderes religiosos devem ter profissão?


Qual o dever de um líder religioso? A princípio ele deve ser um defensor da tradição, que atue com coerência, ajude indivíduos que necessitem de palavras de incentivo, conselhos. Não agir em benefício próprio, enquanto estiver atuando como tal, sabendo como guiar seus fiéis.

Mas esse líder deve ter suas necessidades pagas pela comunidade? Ou ele deve ter uma profissão e tirar seu sustenta do seu próprio trabalho?

Esse tema é abordado desde os tempos de Jesus e do primeiros séculos da Era comum.



Judaísmo

No judaísmo da época de Jesus, tinham correntes diferentes. Os saduceus detinham mordomias, viviam no conforto. Já os fariseus não ostentavam de tais mordomias. Pelo contrário, deveriam ter uma profissão para seu sustento (um trabalho humilde) e ensinavam sem cobrar a Lei de Moisés. Jesus, como um fariseu, ensinava a seus discipulos e tinha o ofício de carpinteiro. Isso é mais uma prova de que Jesus era da seita dos fariseus.

No Talmud, maior parte dos rabbis eram a favor de que o rabino tenha uma profissão e que não receba nada, nenhum benefício material para ensinar a Torah. Ele tem que adquirir seu próprio sustento. Mas existem relatos de opinião contrária.

Maimônides era radicalmente contrário aos que viviam da doação dos fiéis. Em sua época tinha os exilarcas de Bagdá, que seriam os descendentes de David e seriam os responsáveis pelo zelo da Torah, e viviam em mordomias e luxos. Ou seja, abusos! Uma coisa é receber o fundamental para viver, outra são as coisas superfluas. Maimônides, em alguns escritos, condenou com todo o vigor os rabinos e funcionários religiosos que viviam às custas do dinheiro dos fiéis. Nesse aspecto, seu combate foi inútil, como é possível constatar ainda hoje, por toda a parte.
Maimônides era rabino e juíz, e não aceitava nenhuma remuneração por parte da sociedade. Pois queria manter sua liberdade de julgamento. Para adquirir seu sustenta, exercia a medicina, na corte do sultão, o que lhe exigia grande energia.

Como vimos, até os tempos atuais, grande parte rejeita a idéia de que o rabino deva trabalhar. Então são "ortodoxos" por uma questão de conveniência.



Cristianismo

O Igreja Católica, e também as Igrejas protestantes ,não ficam muito longe disso. E, em alguns casos, são até piores. Os padres fazem voto de pobreza, castidade. Mas vivem em santuários suntuosos, de grande luxo.

Durante séculos a Igreja adquiriu muitas posses (terrenos e dinheiro) com a ajuda dos monarcas europeus. Para que tanto luxo? Os sarcedotes e crentes alegam que "devemos honrar nosso D'us, o Senhor do Universo. Devemos honrá-lo, Ele deve receber todas as homenagens."

Mas aí questionamos: "D'us não criou tudo? Ele criou o ouro , a prata, mas também criou os elementos menos preciosos como o ferro, o cobre, a madeira." D'us não precisa que ofereçamos a Ele templos luxuosos, com grandes obras de arte. Ele é dono de tudo!
E os crentes contra-argumentarão: "Mas nesse templo (igreja) estamos na presença de D'us!" Presença de D'us? Mas D'us não é limitado! Ele abarca todo o Universo. Ele não está num canto ou em outro. Ele está em todos os lugares. E ainda mais: D'us é a morada do Universo. Nada pode limitá-lo.

Então, para que tais luxos? Claro que por conveniência. Alegam ao povo que é para honrar a D'us, adquirem posses através de doações, ofertas de fiéis, dízimos. Em alguns lugares, a Igreja recebe um pequeno percentual (4%, chamado laudêmio) de todas as transações imobiliárias pois ela (a igreja) era a proprietária de tais áreas, na época da colonização. No Brasil, instituições religiosas são isentas de impostos, como IPTU.



Para refletir

As pessoas tem que abrir os olhos e reavaliar certas questões. Muita gente vive bem a custa da boa fé (e da ignorância) de muita gente.

Todo cidadão deve ter uma profissão para seu próprio sustento, exceto nos casos de limitações físicas ou mentais.

Por que a ciência e a religião se afastaram tanto?

Por que a ciência e a religião se afastaram tanto?



Ciência e Religião andavam lado a lado

Na antiguidade, os detentores do conhecimento científico eram também sacerdotes, líderes religiosos, xamãs e profetas.

Até os séculos XVII e XVIII, os grandes nomes da ciência também detinham conhecimentos metafísicos, teológicos e, para estes, não havia distinção entre o que conhecemos hoje por ciência e teologias. Podemos citar Blaise Pascal, René Descartes e Isaac Newton. Eles não dissociavam D'us dos seus trabalhos em Física.

Isaac Newton (século XVII) ficou mais conhecidos pela sua contribuição na área da Física (Gravitação, óptica, leis de movimento) como também da Matemática ( desenvolvimento do cálculo diferencial). Mas o que poucos sabem é que Newton também era alquimista, teólogo e economista, chegando a ser chefe da Casa da Moeda da Inglaterra. No pensamento atual, parece uma coisa impossível conciliar conhecimentos metafísicos e física na chamada Ciência oficial.Mas na época não havia muita separação entre essas áreas. Como dissemos , Newton era alquimista. A alquimia precedeu a atual Química, mas essa estava envolvida com um misticismo (magia). E Newton também dedicou décadas de estudo para a interpretação de profecias bíblicas. Newton citava D'us em seus trabalhos científicos.



A separação

A partir do século XVIII, as descobertas e as evoluções científicas avançaram bastante e por isso passou-se a ter um formalismo e um rigor para a confirmação (ou não) de alguma teoria. Não basta ter uma hipótese, uma idéia bem estruturada, bem elegante, com uma matemática impecável para que essa hipótese seja verdadeira. E não é o homem quem decide se uma teoria esta certa, e sim a própria Natureza.

No final do século XIX, início do XX, a Física teve um salto gigantesco que mudaram radicalmente a nossa visão de mundo, através da Mecânica Quântica e da Teoria da Relatividade.

A primeira aborda o universo do infinitamente pequeno, nas dimensões atômica e sub-atômicas. A mecânica quântica abandona a idéia de determinismo, ou seja, as coisas não acontecem por uma causa suficiente. Troca-se o conceito de posição e velocidade pelo de probabilidade. E mudança mais radical no que tange a relação observador-objeto. Na Física Clássica, há uma distinção nítida entre observador e obsevado. Um não interage com o outro. E com a Mecânica Quântica, o observador interage com a observação. Ao observar-se um sistema, este sofre uma pertubação, então o sistema não está no mesmo estado em que se encontrava.

A teoria da relatividade muda nossa concepção de espaço e tempo. O nome “Teoria da Relatividade” não seria um termo mais adequado para a teoria desenvolvida por Einstein, pois ela parte não de uma relativização, mas sim de uma invariância. De fato, inicialmente Einstein postula que a maior velocidade possível é a da luz no vácuo (c = 300.000 Km/s) e que luz se propaga com o mesmo valor em qualquer referencial. E, aí sim, que chegou-se a conclusão de que a partir da invariância da velocidade da luz viu-se que o espaço e o tempo transcorrem de formas diferentes par a observadores em referenciais diferentes. Quando dizemos referenciais diferentes queremos dizer que eles se movem a velocidades diferentes em relação a um outro referencial.Mas para ter a percepção de que isto de fato ocorre, só com velocidades altas, próximas a da velocidade da luz no vácuo (300.000 Km/s).Então, como verificar se essa teoria é válida, se nossas velocidades são muito abaixo de 300.000 Km/s? Através de aceleradores de partículas.

Por que mencionei tudo isso sobre essas duas teorias?

Pelo fato que elas mudaram totalmente nossa maneira de ver. Muitos resistiram (e resistem) em aceitar suas consequências.

Agora chegamos ao tema desse tópico:



Por que a ciência e a religião estão tão afastadas?

A religião aborda questões sobre D'us, espírito, alma, livre-arbítrio, reencarnação.
Os fenômenos de aparições de espíritos, que se comunicam e interagem com as pessoas. Esses fatos ocorrem de forma individual (experiência individual). Não é observado por mais pessoas. E quando ocorrem em grupos, geralmente estão envolvidas em estados emocionais alterados e que tornam as pessoas mais suscetíveis a uma indução. São sugestionados, como no caso de hipnose.

Existe algum experimento controlado que demonstre a presença e aparição de almas penadas, espíritos (se é possível)? E reencarnação (metempsicose), ela pode ser demonstrada?

E D'us? Como alguns cientistas que tentam provar a sua não existência (ou existência) através da ciência. Isso é impossível. E não faz parte do papel da ciência.Como demonstrar Algo que se concebe como eterno, que abrange tudo o que existe. Muitos cientistas identificam D'us a ordem e harmônia do Universo. Outros a relacionam com as Leis da Natureza, ou com a própria Natureza.

O que podemos concluir então? Para a ciência, D'us, espírito, alma são conceitos vagos. Eles são conceitos vagos para visão científica. Como fazer experimentos controlados sobre algo que não é muito bem definido?

Não basta ter uma hipótese, uma idéia bem estruturada, bem elegante, com uma matemática impecável para que essa hipótese seja verdadeira. E não é o homem quem decide se uma teoria está certa, e sim a própria Natureza.

domingo, 11 de novembro de 2007

O mundo foi feito para o ser humano?

O mundo foi feito para o ser humano?



Na visão de muitas pessoas, na maioria seguidores das religiões monoteístas (judaísmo, cristianismo e islãmismo) essa pergunta teria uma resposta positiva. Mas afinal, essa resposta é de fato correta?

Como disse, grande parte dos adeptos das religiões que mencionei, de fato acreditam que o Universo foi criado em vista do homem e que apenas este tem um cuidado especial dado por D'us. Esses crentes se baseiam em passagens bíblicas do tipo "D'us criou dois grandes luzeiros para que separem os dias e as trevas, para contar os tempos." e que os animais servem para serem domesticados e servirem de alimento.

Como já abordei em outros tópicos, a bíblia NÃO deve ser lida e interpretada ao 'pé da letra', pois ela está escrita sob forma de parábolas, linguagem simbólica e que, na ausência de um conhecimento científico, acaba nos levando a interpretações perigosas e leva para a irreligião, e um conhecimento sobre a divindade. A bíblia foi escrita na linguagem do homem (homem médio).





A imensidão do Universo


Observando o Universo a nossa volta, o que vemos? Existem milhões de galáxias, e nessas milhares de estrelas, muitas destas formando sistemas solares parecidos com o nosso. Estrelas com tamanhos de cerca de até 100 vezes o tamanho de nosso Sol, sem contar com quasares, matéria escura, buracos negros. Galáxias que estão a milhões de anos-luz de nós (viajando a maior velocidade que é a da luz, levaremos milhões de anos para chegar até lá!). Será que esses milhões de estrelas foram criadas apenas em vista de nós seres humanos? O que é o homem comparado com o tamanho do Universo? Só para ilustrar, se considerarmos o Sol como uma laranja, a Terra é do tamanho de um grão de areia! E o tamanho nosso comparado com o tamanho da Terra? Cerca de 100000000000000000000 vezes menor! Somos uma poeira literalmente! Então não faz o menor sentido adimitirmos que somos o "foco da criação".





Não cabe buscar a causa da criação do Universo e muito menos qual a sua finalidade, pois a vontade de D'us é insondável. Ele não "criou" o Universo devido a uma necessidade pois, se tivesse necessidade, quer dizer que Ele não era perfeito e caímos em contradição. Como disse Maimônides, " a Sua natureza exigiu assim", pois vontade, essência, natureza e existência são a mesma coisa. D'us não tem como buscar nada fora de si, pois a Ele nada pode ser acrescido ou retirado. Ele abarca tudo, como está no Bereshit Rabbá: "D'us é a morada do Universo e não o Universo a morada de D'us."







Homem, parte de um todo


O homem faz parte da Natureza. Não é algo acima dos outros elementos constituintes dela. Ele só existe e interage com os outros seres que na Terra vivem e, inclusive, num certo tipo de equilíbrio. O perigo da idéia de que o Universo foi criado em vista do homem é de que achando-se dono desse maravilhoso mundo, quer submetê-lo a suas vontades, explorando e devastando florestas, matando muitos animais não apenas pela necessidade alimentar. Os homens matam animais muitas vezes apenas pelo sentimento de vê-los sofrer, ou então para servirem de cobaias para experiências, ou para usarem peles para satisfazer as vaidades humanas.

E não é só isso: seres humanos matando seres humanos, apenas pela ânsia de poder, dinheiro.

Mas cabe a pergunta: quando morremos, levamos as posses materiais para o túmulo ou para um mundo vindouro? Acho que não.


Então, o homem tem que se conscientizar que ele NÃO é o dono do Universo. O ser humano mal tem controle de quando irá nascer e de quando vai morrer. Se o homem destrói tudo em sua volta ( a sua casa, melhor dizendo), como ele poderá continuar existindo?

sábado, 3 de novembro de 2007

Para que serve a oração?

Para que serve a oração?

Em todas as religiões, as pessoas oram, fazem pedidos a D'us, a santos ou espíritos. Mas essas orações de fato funcionam, para atender o pedido das pessoas?



D'us precisa que oremos a Ele?

Como sabemos, D'us é o Ser Necessário. Nada pode existir sem Ele e nem Sua vontade. Tudo provém d'Ele. Ele é Perfeito. Simples. Sendo D'us perfeito, então nada pode lhe ser acrescentado nem retirado. Ele não tem necessidade! O Universo não foi criado por uma necessidade divina, mas sim porque sua essência (que é idêntica a sua existência e a sua vontade) assim o exigiu.

Na antiguidade, e até alguma seitas ainda fazem oferendas, holocaustos para divindades. No início da religião judaica, quando Moisés recebeu a Torah, ainda há resquícios de holocautos dedicados a YHWH, oriundos dos povos pagãos adjacentes aos hebreus.

Mas D'us não precisa de holocaustos em sua homenagem. Pois está escrito nos Psalmos: "Não preciso que matem nenhum cordeiro, pois todo os animais dos campos são meus. Não preciso pedir a ninguém!"
D'us também não precisa que provemos nossa fé. Na passagem em que YHWH pede a Abraham que, em prova de sua fé, ofereça seu querido e único filho Isaac em holocausto. Maimônides nos diz que D'us não precisa nos por a prova. De fato, D'us conhece tudo, transcende o tempo (para Ele não há presente, passado ou futuro), Ele já sabia o que Abraham faria. Nada pode ser ocultado de D'us, nem mesmo o sentimento dos homens. Santo Agostinho fala que D'us nos conhece melhor que nós nos conhecemos. Complementando sobre o sacrifício de Isaac, Maimônides nos mostra que Abraham não acatou imediatamente o que D'us teria pedido. Ele refletiu, pensou muito antes de tomar uma decisão. D'us não tem necessidade de fazer um pedido desse. Então, temos que aliar a nossa fé a razão.


Quando alguém ora, pede a D'us alguma, isso pode influenciar na vontade d'Ele? Mas D'us não tem necessidade e por Ele ser perfeito, sua vontade é imutável, pois se mudasse, não seria perfeito. (De fato, quem muda é devido a uma necessidade, desejo de melhorar, e isso em D'us não faz sentido.)
Jesus disse a seus discípulos que eles não fizessem que nem os pagãos, para não rezarem em demasia, pois antes que pessamos alguma coisa a D'us, Ele já sabe das coisas que necessitamos.
D'us não age de acordo com a vontade de cada um. As leis da Natureza (criadas por Ele) não tem que satisfazer a vontade de fulano e ciclano. Elas existem e pronto, segundo a sabedoria divina. Então não temos como mudá-las. As leis da Natureza representam a vontade de D'us. Pois está escrito em Provérbios: "Existe muitos planos no coração do homem, mas é a vontade de D'us é que se realiza."
D'us não fica feliz com uma oração, se não estaríamos admitindo mudança no seu ser, o que causaria mutabilidade, o que vimos que em D'us isso não ocorre.



A oração tem em vista a própria pessoa

A oração não tem um efeito em D'us. Ela tem um efeito no próprio orador.
Quando as pessoas ficam rezando, incessantemente, elas na verdade estão inculcando o que repetem, ficando com aquilo entranhado em suas mentes, sejam elas católicas, judias, budistas.
Quando um budista repete os mantras, ele está inculcando as virtudes que ele deve praticar. Mas tem-se um problemas: muitos budistas, que recitam mantras em chinês, mesmo sem saber esse idioma. Então, o que concluímos? É que não adianta de nada, pois de que adianta ficar repetindo algo se não sabo o que é esse algo?

Uma pessoa que está doente, ou está numa situação difícil, ela ora. E essa oração ajuda a confortá-la. Mas pesquisa confirmam que a oração ajuda muitas pessoas doentes. Muitos chamam de pensamento positivo. Em muitos casos, dependendo da doença, as pessoas se recuperam sensívelmente pela sua fé. Mas nem sempre se recupera, pois o 'poder do pensamento positivo' tem um limite.

Estamos sós no Universo?

Estamos sós no Universo?


Com a grandiosidade do Universo, para não dizer infinito, vem a questão: Existem seres vivos em outros lugares do Cosmo? E se existirem, será que são parecidos com os daqui do nosso planeta?




Vida no Cosmo


A vida surgiu na Terra a cerca de 3,2 bilhões de anos. E vimos que a Terra tem cerca de 4,0 bilhões. Na Terra primordial, que estava com uma temperatura bem alta e todo o seu material encontrava-se num estado tipo de uma sopa, sem uma atmosfera e com isso sujeito a radiações vindas do espaço, e cargas elétricas livres. Num ambiente assim, com muitas reações químicas aleatórias acabou-se formando as proteínas e aminoácidos que são as condições necessárias para a formação do RNA e, consequentemente, a vida.
Mas haveria tempo suficiente para que reações aleatórias favorecessem o surgimento da vida? Como vimos, o Universo tem cerca de 15 bilhões de anos e a Terra 4 bilhões. E 800 milhões de anos após, surge a forma primitiva de vida. Em termos probabilísticos, a ocorrência de vida ao acaso é bem pequena em relação ao tempo de existência do cosmo. Se o universo fosse eterno, claro que em algum momento reações aleatórias levariam a vida. Poderíamos comparar a ocorrência de vida ao acaso como tendo a mesma probabilidade de um chimpanzé que, ao teclar aleatoriamente numa máquina de escrever, conseguir escrever um texto de Shakespeare! A probabilidade disso ocorrer é de 0,000000000000001.
O tipo de vida que conhecemos é baseada em água, carbono e que é possível existir num tipo de atmosfera e de radiação proveniente de nossa estrela, o Sol, que está dentro de uma faixa de distância favorável a este tipo de vida. Olhando o nosso sistema solar, Martes teria condições favoráveis para uma vida primitiva, mas não na superfície.
Com telescópios mais aperfeiçoados, encontrou-se planetas com condições parecidas com as nossas. Então há chance deste ter vida.
Mas será que existe apenas o nosso tipo de vida? Pode ser que sim, pode ser que não. Mas a ciência trabalha com teoria e verificação. Poderemos fazer muitas hipóteses mas se não há nenhum indício para comprová-las, para que serve? Então temos que partir daquilo que conhecemos, ou seja, no caso admitir, a priori, que o nosso tipo de vida é o único existente.




Vida inteligente.


Na Terra o tempo transcorrido entre o surgimento do organismo mais primitivo até a mais complexa (homo sapiens sapiens) foi de cerca de 3,8 bilhões de anos. Em outros lugares do Universos em condições idênticas levaria-se um tempo próximo a esse para a ocorrência de vida dita inteligente.
Uma civilização mais avançada que a nossa deve existir a mais que nós. Então acaba levando a origem da vida para uma época ainda mais remota. E, como vimos, que desde o Big Bang trancorreram-se cerca de 15 bilhões de anos e que a evolução ocorre numa escala de tempo da ordem de milhões e bilhões de anos e a probabilidade de reações ao acaso levarem a vida, pelo tempo de 15 bilhões de anos é bem pequena. ( Se o universo fosse eterno, não teríamos esse problema. Pois, na eternidade o improvável torna-se provável.).


Giordano Bruno, filósofo italiano que foi queimado pela inquisição, admitia a existência de infinitos mundos, com planetas parecidos com o nosso e com seres inteligentes parecidos com a gente. Para a época dele era um idéia muito avançada, pois naquela ocasião ainda acreditava-se que a Terra era o centro do Universo!


Immanuel Kant, em sua “Crítica da Razão Pura” falando sobre as nebulosas observadas pelos astronomos da época, dizia que essas nebulosas poderiam ser um aglomerado de galáxias e consequentemente de estrelas e nessas estrelas com planetas as orbitando, e não necessariamente seriam gases pelo universo. E de fato muitas dessas nebulosas não eram apenas gases, como foi observado posteriormente, com o avanço da tecnologia dos telescópios.
Seres alienígenas nos visitando?


E caso existam os seres num grau de evolução tecnológico muito além do nosso? Será que eles conseguiram chegar até nós e estariam nos estudando?


As galáxias com estrelas parecidas com o nosso Sol e que teriam planetas parecidos com o nosso estão a distâncias de centenas, milhares de anos-luz. Mas a maior velocidade que é possível se atingir é a da luz (300.000 km/s). Nada pode viajar a uma velocidade acima dela. Então, se viajarmos a esta velocidade levamos milhares de anos até chegar até essas estrelas!


Em muitas culturas, tem-se relatos que poderiam se assemelhar a contatos com seres alienígenas.


Numa Sutra budista fala sobre os budas do universo, que viriam parte sul, com um “nave” de cerca de um terço do tamanho da Terra!.




Na própria Bíblia existem passagens que muitos interpretam como contatos com alienígenas.
Livro do Profeta Ezequiel, capítulo 1:


[Ezequiel 1:4] Olhei, e eis que um vento tempestuoso vinha do norte, uma grande nuvem, com um fogo que emitia de contínuo labaredas, e um resplendor ao redor dela; e do meio do fogo saía uma coisa como o brilho de âmbar.


[Ezequiel 1:5] E do meio dela saía a semelhança de quatro seres viventes. E esta era a sua aparência: tinham a semelhança de homem;


[Ezequiel 1:13] No meio dos seres viventes havia uma coisa semelhante a ardentes brasas de fogo, ou a tochas que se moviam por entre os seres viventes; e o fogo resplandecia, e do fogo saíam relâmpagos.


[Ezequiel 1:14] E os seres viventes corriam, saindo e voltando à semelhança dum raio.



[Ezequiel 1:18] Estas rodas eram altas e formidáveis; e as quatro tinham as suas cambotas cheias de olhos ao redor.


[Ezequiel 1:19] E quando andavam os seres viventes, andavam as rodas ao lado deles; e quando os seres viventes se elevavam da terra, elevavam-se também as rodas.






Não sabemos se, caso existam civilizações alienígenas e caso cheguem até nós, como seria esse contato? Será que eles estariam uma mesma “lei moral” que a nossa? A maneira deles pensarem é similar ao nosso? Possuem uma esteriótipo parecido com a gente? Muitas disciplinas científicas teriam que ser revistas. Uma psicologia, biologia alienígenas.


Um contato com uma possível cultura mais avançada não necessariamente seria boa para os humanos. Como disse certa vez o físico inglês Stephan Hawking: “Contato com uma cultura extra-terreste pode não se benéfica. Olhando para a história, vemos o que ocorreu do contato dos espanhóis com os povos americanos.”