sexta-feira, 21 de março de 2008

Quando começa a vida?

Quando a vida começa?


Nas últimas semanas, um assunto vem sendo debatido na Supremo Tribunal e na mídia: a legalização da pesquisa com células tronco embrionárias. E nesse debate vem à tona a questão: onde começa a vida? E mais uma vez, é travado uma disputa entre ciência e religião.

A importância das pesquisas com células-tronco embrionárias.

Em nosso país, já são feitas pesquisas com células-tronco adultas. Elas consistem em utilizar células de um indivíduo e utilizada em óvulos para gerar alguns tipos de célucas, como pele, tecidos sanguíneos. Mas elas não são capazes de gerar células nervosas.
As células-tronco embrionárias são produzidas nos 5 primeiros dias da junção óvulo-espermatozóide. Essas células são capazes de produzir qualquer tipo de tecido, entre elas, células nervosas.


E em que é importante essa pesquisa? Para o tratamento de doenças degenerativas do sistema nervoso e pessoas que sofreram acidentes e ficaram paraplégicas. As doenças degenerativas do sistema nervoso não tem cura até o momento. No máximo elas só podem frear o avanço da doença, mas a situação é irreversível, pois células nervosas, devido a sua alta especialização, não se regeneram. Com o uso das células-tronco embrionárias, pode-se produzir tais células e serem enxertadas e reestabelecer os músculos que foram afetadas.
Doenças como o mal de Alzheimer, que perdem a capacidade de adquirir novas memórias, poderão retomar suas vidas. Muitos cadeirantes poderão voltar a andar.

Onde começa a vida?


A Igreja Católica é a favor das pesquisas com células-tronco adultos e contra em relação a embrionária. A alegação do Vaticano que a vida surge na junção entre óvulo e espermatozóide. E fazendo-se tais pesquisas, é um desrespeito a vida. Mais que isso: é um crime. Segundo a Igreja, a vida tem ser respeitada, em todos os seus estágios.
Um indivíduo é considerado morto quando ele não apresenta mais sinais cerebrais. Um embrião só começa a apresentadar um sistema nervoso a partir de dos quinze dias. Segundo a interpretação acima, um embrião não pode ser considerado um indivíduo até os 15 dias. E ainda mais: o embrião não está num útero e a vida só se concretizará quando estiver num útero.

Para refletir


1)A Igreja diz que tem que haver respeito a vida e é radicalmente contra as pesquisas. Que moral a Igreja pode falar em respeito a vida? Matou tanta gente na fogueira da Inquisição, torturou milhares durante séculos. Quantas pessoas foram escravizadas sob o aval da Igreja? Eles não pensaram no respeito a vida?
2)Definir quando começa a vida é complicado. Não existe um consenço no círculo acadêmico: uns dizem que é no momento da formação do embrião, outros na formação do sistema nervoso. Os embriões quando formados, ainda são uma vida humana em potencial, segundo minha opinião pois, como disse antes, até os 15 dias não há células nervosas, logo não há sofrimento, dor. Se considerarmos um embrião uma vida, em ato, então poderemos afirmar que espermatozóides tambão são vidas, pois eles apresentam movimento e na disputa entre si para fecundação do óvulo, bilhões deles são descartados e bilhões de vida serão perdidas!
3)A quantidade de pessoas que vivem grandes sofrimentos com doenças como Alzheimer, distrofia muscular serão beneficiadas e terão mais dignidade para retomarem suas vidas.

Devemos respeitar a vida já existente, em ato, que precisa ter sua dignidade preservada. Há muita preocupação com vidas em potencial, que ainda não existem. A proibição ao desenvolvimento das pesquisas com células-tronco embrionárias é um crime contra aqueles que buscam recuperar a vida que deixaram de viver.

Um comentário:

Tia Regan disse...
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