terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Por que o carnaval nunca cai no mesmo dia?

Por que o carnaval nunca cai no mesmo dia?





A idéia que vem a mente quando se fala "carnaval" é bem diferente do que a sua origem. A palavra carnaval vem do italiano "carnevale" que significa adeus a carne, ou seja, a festa da carne. E por que "adeus à carne"? É assim chamada porque, segundo o calendário da Igreja Católica, que, depois do carnaval, começa-se o jejum de carne durante o período da Quaresma, ou seja, quarenta dias antes da Semana Santa. O dia do carnaval está amarrado à Páscoa católica.
Então vem a pergunta: por que a Páscoa não cai sempre no mesmo dia? Um ano é mais cedo, outro mais tarde? A razão é a seguinte: a Páscoa era uma festa já celebrada antes de Jesus; ou seja o Pessach (Páscoa judaica) que representa a celebração dos judeus que saíram da escravidão no Egito para a liberdade para formarem uma nação livre. O calendário hebreu é lunar, e os meses têm duração de 29 ou 30 dias, e começa pela Lua Nova. O Pessach ocorre no 15º dia do mês de Nissan, que é a Lua Cheia, ou seja, a 1ª Lua Cheia da primavera na Palestina (hemisfério norte). Mas ainda há uma ressalva: a Páscoa cristã nem sempre coincide sempre com a judaica, devido a algumas correções no calendário solar juliano, posteriormente gregoriano. Por volta de 1582, tornou-se necessária uma série de reformas no calendário cristão, a fim de eliminar dez dias a mais que haviam se acumulado desde a reforma feita por Constantino em 325 dC. O papa Gregório XIII ordenou que aqueles dez dias fossem abolidos... Mas teve-se o cuidado que no novo calendário gregoriano assegurasse que a Páscoa nunca ocorresse no mesmo dia que o Pessach. Havia um ditado popular na época da reforma gregoriana: "É melhor errar com a Lua que acertar com os judeus."

Então, a Páscoa é regulada pelo calendário lunar e, consequentemente, nunca cai no mesmo dia do calendário gregoriano e, por este motivo, o carnaval também nunca cai no mesmo dia.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

O que fazer numa biblioteca?

O que fazer numa biblioteca?



Pode parecer estranha essa pergunta. "O que fazer numa biblioteca?".
Há pouco tempo estive no Real Gabinete Português de leitura, no Centro do Rio em busca de um livro que só havia lá, cujo autor é Uriel da Costa, de origem portuguesa, que viveu final do século XVI, início do XVII, vindo a falecer em Amsterdã. Ele foi um dos precursores do pensamento de Baruch de Spinoza. Voltarei ao assunto.

O Real Gabinete Português contém um fascinante acervo de autores de língua portuguesa e o estilo arquitetônico belíssimo. Machado de Assis era um frequentador assidou da biblioteca.

Fiz o pedido do livro que buscava, "Exame das tradições farisaicas", de Uriel da Costa. Enquanto aguardava a bibliotecária trazer o livro, notei algo: Tinham umas 30 pessoas no local, mas apenas duas, além de mim, que estavam lendo parte do acervo. O restante apenas posava para tirar fotos. Ai me perguntei: "os livros só servem para enfeite nas prateleiras?" Me lembrei de uma passagem do livro "A tranquilidade da alma" de Sêneca em que há muita gente que gosta de ostentar a posse de muitos livros e quererem parecer intelectuais, mas que, dos tais não conhecem além das contracapas, ou então contém obras que contaminam as mentes. Como falou Schopenhauer: "Os livros ruins são veneno intelectual: eles estragam o espírito." E as grandes obras ficam nas estantes: "O diz-que-diz sem sentido de tais anões é lido por um público estúpido desde que tenha sido impresso hoje, enquanto os grandes espíritos são deixados nas estantes." ( Schopenhauer).

Não importa quantos livros nós lemos, mas sim quais . Também não importa se eles foram lançados agora, pois muitos vezes ficamos presos a uma capa bonita, mas que no seu interior, não há nada de construtivo.



Obs.: Para quem quiser conhecer o Real Gabinete Português de Leitura, ele fica à Rua Luís de Camões, 30 – Centro – Rio de Janeiro.

sábado, 7 de fevereiro de 2009


Aproveitadores da fé



A maioria do mundo ocidental pensa que os islãmicos são agressivos, que odeiam os ocidentais e que, em nome de Alah (D'us) matam os idólatras, nem que isso sacrifique suas próprias vidas e somos induzidos a essas conclusões pelos frequentes noticiários de atentados terroristas.

Na realidade, a maioria dos muçulmanos são pacíficos. O problema que uma minoria violenta faz muito mais barulho de que uma maioria quieta. E o que leva a tais minorias serem tão violentas?
Os principais líderes extremistas de grupos como Alkaeda e Hamas utilizam de táticas para recrutarem jovens, dispostos a darem suas vidas em nome de Alah, e buscar uma recompensa, com 11 virgens no paraíso. Eles utilizam a religião, ao seu extremo, pois o vínculo da religião é mais pacional do que racional. E não há guerreiros melhores que aqueles que lutam com paixão, que vão até as últimas consequências. Osama bin Laden, entre outros, manda seus guerreiros colocarem bombas em seus próprios corpos, para que sejam vistos como heróis diante de seu povo e seja contemplado no paraíso. É engraçado notar que Bin Laden e outros líderes não colocam bomba em seus próprios corpos. Por que não o fazem? Acho que eles não acreditam nas tais virgens no paraíso...

Os interesses reais desses sujeitos que lideram e fomentam a guerra no mundo islãmico não é a religião em si, mas sim as grandes reservas de petróleo e gás natural para sustentarem seus bem estar, curtir no paraíso terrestre, e usam questões religiosas como argumento para os pobres guerrearem, acabando com a vida dos outros e si próprios. E para piorar, utilizam de escudo, pessoas que em nada querem se intrometer em lutas mesquinhas, que matam muitos inocentes.

O grupo palestino Hamas, lança foguetes no meio da população civil, e a utilizam para se esconder do exército israelense. Esses são os piores covardes que existem!
Nas guerras, sempre tem alguém se dando bem, com certeza não são aqueles que estão em batalha, nem aqueles que estão no meio do fogo cruzado. Os principais interessados não sujam as mãos, ficam de camarote acompanhando o espetáculo do inferno.

Quem quiser ter a noção do que é uma guerra, recomendo ler o livro "Nada de novo no front" de Erich Maria Remarque, que lutou nas linhas de frente da 1ª Guerra Mundial, e que faz uma reflexão sobre o que é a guerra.